5, 13
«Vós sois o sal da terra. Ora se o sal se corromper, com que se há de
salgar? Não serve para mais nada, senão para ser lançado fora e ser pisado
pelos homens.»
Ouro e orvalho puros em Mim.
Transfiguração perdida no tempo da viagem; a que não volto mais.
E, mesmo que de novo amanheça o dia que antes já foi,
sei bem que o Meu pensamento não acompanha o fulgor da luz
que os Meus olhos viram no passado;
ânsia de verdade que se cruzou com o mistério.
Esta é a medida de todas as coisas que se desfaz no presente
e não encontra, no Meu ser, a riqueza incorruptível da eternidade
– estranho sopro de imensidão sem o perdão.